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Segunda, 24 Setembro 2018 12:45

Jornada de Alunos de Antropologia do PPGA-UFF

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Começa hoje, 24 de setembro e vai até o dia 27/9 de 2018, no auditório do Bloco "P" do Campus do Gragoatá, na Universidade Federal Fluminense (UFF),  a décima segunda edição da Jornada de Alunos de Antropologia do PPGA-UFF, intitulada “Diálogos Étnico-Raciais: embates e construções”.

Na produção do conhecimento antropológico, discutir questões étnico-raciais não é novidade. Direta ou indiretamente, a discussão perpassou os debates/embates da Antropologia desde seus primórdios. Parece-nos importante lembrar que a maior parte da produção científica contemporânea foi constituída a partir de um saber eurocêntrico num contexto colonial. A partir de uma estrutura de poder que exterminou, subjugou, marginalizou e invisibilizou corpos e outras possibilidades de conhecimento que não aquelas normalizadas pela experiência européia (e posteriormente também estadunidense). Por esses contextos, a Antropologia se estruturou, em um primeiro momento, como a ciência produzida por pessoas brancas estudando grupos e pessoas não-brancas. 

Se é verdade que a Antropologia se estabelece, principalmente, como disciplina de estudo das alteridades, tal debate aparece como campo possível para os estudos dessas diferenças. Pensando que as diferenças não são naturais - mas significados cultural/socialmente localizados - nem se traduzem, necessariamente, em desigualdade, nos perguntamos: qual foi e é o papel dos antropólogos na (des)estruturação das desigualdades étnico-raciais? Quais as contribuições da Antropologia para esses debates?

Em 2018, quando se completa 130 anos da abolição formal da escravidão no Brasil, entendemos a urgência de se fazer uma avaliação crítica dentro da sociedade sobre a permanência de estruturas racistas e etnocêntricas. Pensamos a partir do envolvimento de cientistas sociais nos embates e construções e nas demandas políticas de inclusão e reparação histórica. Falamos diante de um contexto em que, a despeito de uma população majoritariamente negra e indígena, antropólogos seguem sendo majoritariamente brancos. O momento é também de uma grande inserção de estudantes negras/os e indígenas a partir das políticas de ação afirmativa implementadas nas universidades, fruto de décadas de militância de movimentos sociais. Quais contribuições têm se construído por antropólogas/os indígenas e negras/os a partir do atual momento e dos diversos embates dessa construção?

O LEMI - LABORATÓRIO ESTÚDIO MULTIMÍDIA DO INEAC transmitirá o evento . 

Para assistir acesse a Fan Page do INCT InEAC : https://www.facebook.com/inctineac/

Ou o canal do Youtube: https://www.youtube.com/c/ineac


Confira abaixo a programação da jornada:

 

 

 

 

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Claúdio Salles

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