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Segunda, 26 Agosto 2019 17:10

XIII Jornada do PPGA UFF

Os alunos da pós graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense realizam,  entre os dias 11 e 14 de novembro, a XIII Jornada PPGA UFF, intitulada Reflexões Antropológicas: contribuição e desafios na construção de saberes.

Mais informçaões acesse a página do evento: https://www.jornadappgauff.com/

 

GTs da Jornada

GRADUAÇÃO

GT01. Adversidades no Fazer Antropológico e Disputas Epistêmicas

coordenado por: Hugo Virgilio de Oliveira (UFF); Theodoro de Carvalho Teles (UFF)

GT02. Justiça e Segurança Pública

coordenado por: Rebeca Sophia Lima Azeredo (LAESP/UFF); Ana Claudia Amaral Brito (UFF)

GT03. Antropologia e Cinema: a consubstancialidade das relações de gênero, diversidade sexual, raça/etnia e classe

coordenado por: Alan de Jesus Ferreira (IFG); Helio Simplicio Rodrigues Monteiro (IFG)

GT04. Gênero, raça e sexualidade: a construção dos corpos negros a partir de uma perspectiva interseccional

coordenado por: Fillipe Alexandre Oliveira Alves (UFF); Lara Prata Miranda (UFF)

PÓS-GRADUAÇÃO

GT05. Antropologia, meio ambiente e saberes tradicionais 

coordenado por: Sabrina Soares D' Almeida (INCT/InEAC/UFF e Cebrap); Yolanda Gaffree Ribeiro (PPGA/UFF e INCT/InEAC/UFF)

GT06. Imagens, memórias e lutas sociais:  possibilidades da antropologia visual  como ferramenta de pesquisa e aproximação em contextos de conflito

coordenado por: Ana Priscila Rezende de Carvalho (PPGA-UFF); Aiano Bemfica Mineiro (PPGCOM - UFMG)

GT07. Etnologia indígena e estudos afro-brasileiros. Concepções de identidade, etnicidade, cosmovisão, memória e território

coordenado por: Queli Baptista (UFF); Marina Santos De Miranda (UFF)

GT08. Cristianismo e espaço público: aspectos sociais e políticos

coordenado por: Lívia Rabelo (UFRJ); Ramon Teixeira da Silva (UFRJ)

GT09. Entidades espirituais, materialidades, agenciamento e experiências sensíveis

coordenado por: Cledisson Geraldo dos Santos Junior (UFRRJ); Dayanne da Silva Santos (UFRGS)

GT10. O real e o construído: a problematização da dicotomia natureza-cultura e suas derivações sob a ótica de uma virada ontológica

coordenado por: Raphael Gouvêa Rompinelli (UFJF); Rafael Siqueira Machado (UFJF)

GT11. Rituais: Simbolismos e Materialidades 

coordenado por:  Igor Rolemberg (PPGAS/MN/UFRJ); Lucas Bártolo (PPGAS/MN/UFRJ)

GT12. Educação, patrimônio cultural, reconhecimento e a valorização das diferenças étnicas

coordenado por: Reinaldo da Silva Guimarães (PUC Rio); Rafael da Silva dos Santos (CEFET); Luciene Gustavo Silva (Anhanguera)

GT13. Etnografias  nas instituições escolares relações étnico-raciais em perspectiva

coordenado por: Maria Célia Barros Virgolino Pinto (UFPA); Patrício Carneiro Araújo (UniLab)

GT14. Entre o público e o privado: a casa como espaço de moradia, memória, sociabilidades e disputas

coordenado por: Amana dos Santos Nesimi (UFF), Caroline Martins de Melo Bottino (UFF)

GT15. Sociabilidades urbanas: pesquisando formas de se viver e experienciar as cidades

coordenado por: Ana Carla de Oliveira Pinheiro (UENF); Carine Lavrador de Farias (UENF) 

GT16. Gênero, poder e espaço

coordenado por: Bárbara Cardoso (UFF); Camilla Araújo (UFF); Thuani Queiroz (UFF)

GT17. Por uma antropologia das práticas, dos saberes e das sensibilidades no campo da segurança pública

coordenado por:  Marcos Verissimo (UFF); Astrid Johana Pardo (CEDERJ-CECIERJ); Betania Almeida (UFF)

GT18. Profissionais da segurança pública e do mundo direito: práticas, moralidades e saberes

coordenado por: Victória Brasiliense de Castro Pires (PPGSA-UFRJ); Perla Alves Bento de Oliveira Costa (PPGSD-UFF) 

GT19. Sociabilidades e dinâmicas em ambientes virtuais, novas tecnologias e vida offline

coordenado por: Pedro Ruback da Silva (PPGA-UFF); Karina de Paula (PPGA-UFF)

GT20. A antropologia e a questão das “drogas”: controles, circuitos, movimentos, rituais e práticas

coordenado por: Yuri J. de P. Motta (UFF); Gabriel Borges da Silva (UFF)

GT21. Antropologia do Poder e da Política

coordenado por: Hully Guedes Falcão (InEAC-UFF); Gabriela de Lima Cuervo (InEAC-UFF)

GT22. Questões em Antropologia Econômica

coordenado por: Rômulo Bulgarelli Labronici (PPGA / InEAC-UFF); Fábio Medina (PPGA/UFF)

GT23. Práticas Contemporâneas de Troca, Produção e Consumo

coordenado por: Giselly Martins da Horta (PPGA-UFF); Christian Queirolo Thorstensen (PPGA-UFF)

GT24. Discursos, práticas e representações dos atores jurídico-policiais no atual contexto das políticas de acesso à justiça, administração institucional de crimes e conflitos, e promoção da cidadania

coordenado por: Michel Lobo Toledo Lima (Universidade Veiga de Almeida - UVA e INCT-InEAC); Vera Ribeiro de Almeida dos Santos Faria (INCT-InEAC)

GT25. Administração de Conflitos e Sistema de Justiça Criminal

coordenado por: Izabel Saenger Nuñez (UFF); Marcelo da Silveira Campos (UFGD); Bóris Maia (UFF)

GT26. Entre o local e o global: Oriente Médio e suas diásporas

coordenado por: Ana Clara Alves de Oliveira (PPGA-UFF); Ana Maria Gomes Raietparvar (PPGA-UFF); Júlio D`Angelo Davies (PPGA-UFF)

 

Nessa sexta 23 de agosto de 2019,  acontece na OAB-RJ,  a III Reunião Ordinária da Comissão de Defesa do Estado Democrático de Direito (CDEDD), e que contará com a participação do antropólogo e coordenado do INCT/INEAC Roberto Kant de Lima. 

O evento gratuito, vai de 9 da manhã às 19h e acontece no Plenário Evandro Lins e Silva - OAB/RJ - Avenida Marechal Câmara 150, 4º andar.

 

Confira abaixo toda a programação do evento e outros detalhes da atividade.

Programa

8h30 - Credenciamento 

 

9h - Abertura

Luciano Bandeira - presidente da OAB/RJ

Luis Guilherme Vieira - presidente da CDEDD

 

9h30 - Painel 1 - Delação premiada: histórico doutrinário

Maria Lúcia Karam

Juarez Cirino dos Santos

 

11h - Painel 2 - Delação premiada e seu necessário procedimento criminal

Márcio Barandier

André Nascimento

Geraldo Prado

 

12h30 - Intervalo

 

14h - Painel 3 - Delação premiada e o papel ético dos advogados

Fernanda Prates

Roberto Kant de Lima

Nélio Machado

 

15h30 - Painel 4 - Delação premiada e sua jurisprudência nos tribunais superiores

Antonio Saldanha Palheiro - ministro do STJ

Sebastião Reis - ministro do STJ

Data e hora

23 AGO 2019
9h às 19h

Data de término

23 AGO 2019

Local

Plenário Evandro Lins e Silva - OAB/RJ
Avenida Marechal Câmara 150, 4º andar

Valor

Gratuito

Mais informações

(21) 2730-6525
 
 
 
 

O nosso site reproduz aqui o artigo da socióloga Jacqueline Sinhoretto (UFSCAR), pesquisadora também vinculada ao INCT/INEAC,  publicado no blog da Folha de São Paulo  (https://facesdaviolencia.blogfolha.uol.com.br/2019/08/18/na-seguranca-as-opcoes-ideologicas-explicam-mais-que-o-dinheiro/).

Na segurança, as opções ideológicas explicam mais que o dinheiro

 

Por Jacqueline Sinhoretto*


Se há um consenso no campo da segurança pública é que não faltou investimento nas polícias, no Judiciário e no Ministério Público neste século. Os governos investiram, atenderam demandas por novos equipamentos e tecnologias, priorizaram a área. Houve investimento em formação de recursos humanos e meios técnicos.
No entanto, os resultados colhidos, de modo geral, não reduziram o medo, não pouparam vidas, não enfraqueceram o crime organizado, a não ser em projetos localizados no tempo e no espaço.
E, no momento de crise orçamentária, segurança e justiça criminal precisam de profunda discussão. Custam muito caro para um resultado que a maioria considera insatisfatório. O atual movimento de redução de alguns índices criminais no país todo não pode servir de válvula de pressão para fugirmos do debate sobre novos rumos para a área.
Até aqui, o investimento em segurança e justiça criminal apostou todas as suas fichas em duas tecnologias: policiamento ostensivo e encarceramento. E, como tecnologias sociais, sempre há outras soluções possíveis, que podem ser mais racionais e efetivas a depender de quais são os problemas a resolver.
Não se trata de recusá-las por princípio. A discussão aqui não é ideológica. As tecnologias da ostensividade e do encarceramento servem para resolver um conjunto restrito de problemas. O policiamento ostensivo é uma ferramenta para lidar com delitos que ocorrem nas ruas, em grandes aglomerados, onde há previsibilidade de condutas: colocam-se mais policiais nos locais e horários em que crimes patrimoniais são mais frequentes.
O encarceramento é uma tecnologia disciplinar que atende à necessidade de isolar pessoas por tempo determinado para que não cometam crimes enquanto estiverem detidas. Sua função ressocializadora ou de reforma moral nunca foi comprovada em nenhum lugar, e os projetos de reforma da prisão surgiram historicamente quase junto com a prisão como a conhecemos.
No Brasil, cadeias superlotadas, em que estão presas pessoas que não cometeram crimes violentos, são os locais em que o crime organizado se articulada (ao invés de ocorrer o contrário). As prisões brasileiras são um ambiente de violência extrema, que dinamizam a violência também para fora delas.
Como tecnologias têm funcionalidades, têm também custos e efeitos adversos. Os custos sociais do policiamento ostensivo são bem documentados. O principal deles é o tratamento discriminatório de grupos sociais, que nasce da probabilidade de que naquele grupo exista um número maior de delinquentes.
No mundo inteiro, como no Brasil, o policiamento ostensivo concentra-se em grupos de jovens, negros, moradores de rua e toda sorte de outsiders, como usuários de drogas, migrantes, estilos de vida alternativo. Ao trabalhar com probabilidades e vigilância de grupos e áreas, acaba por reforçar estigmas e discriminações. Também é um efeito desta tecnologia criar um distanciamento social e de confiança entre os grupos discriminados e a polícia.
No caso brasileiro, além do policiamento ostensivo produzir tratamento discriminatório, ainda está aliado às mais altas taxas de letalidade policial do mundo, o que também se reverte em alta exposição dos trabalhadores da segurança à violência.
Se essas tecnologias são limitadas e oferecem efeitos colaterais perversos, como a retórica belicista de Wilson Witzel, entre outras, nos faz lamentar mortes atrás de mortes no Rio de Janeiro, por que as políticas de segurança e justiça insistem tanto em reforçar essas respostas problemáticas?
Aí entra o caráter político-ideológico das opções políticas tomadas pelos governantes e pelas lideranças corporativas de policiais, juízes e promotores. Não importa se prender mais não resolve ou se piora o problema, se policiamento ostensivo produz tratamento discriminatório ou se as taxas de crimes aumentam. O remédio que as corporações receitam é sempre continuar expandindo o uso dessas tecnologias para todo e qualquer problema de insegurança e injustiça. Entramos em um looping que parece não ter fim mas que nos afasta de soluções efetivas e eficientes de redução de todas as violências.
Compreender esse quadro, suas causas e encontrar soluções alternativas têm sido o trabalho dos centros de pesquisa acadêmicos. A Universidade tem um papel central na agenda de reformas democráticas do Estado. E, neste contexto, para impulsionar o debate de ideias, resultados e soluções, uma centena de pesquisadores se reunirá nesta semana na UFSCar, entre os dias 20 e 22, para o “Seminário Violência e Administração de Conflitos”.
O evento ocorre num momento paradoxal: precisamos do desenvolvimento de tecnologias de redução das múltiplas violências e a pesquisa nas universidades está ameaçada por cortes de verba e perseguição ideológica. A inteligência e as soluções racionais são desvalorizadas. As lideranças políticas e corporativas se promovem com promessas ilusórias de soluções fáceis.
As universidades, que podem contribuir para a reflexão técnica sobre os rumos da segurança pública no Brasil, correm o risco de ter suas atividades paralisadas por decisões ideológicas e autoritárias. Os bolsistas estão em desespero. Bem-vindos ao drama.
Jacqueline Sinhoretto, professora de Sociologia da UFSCar e coordenadora do GEVAC (Grupo de Pesquisa sobre Violência e Administração de Conflitos).

O site do INCT/INEAC reproduz aqui o artigo da antropóloga e cientista política Jacqueline Muniz para o BRASIL DE FATO (https://www.brasildefato.com.br/2019/08/19/opiniao-or-as-mortes-estao-sim-na-sua-conta-governador-wilson-witzel/).

 

As mortes estão sim na sua conta, governador Wilson Witzel

Jacqueline Muniz responde ao governador do RJ sobre responsabilidade nas mortes decorrentes de intervenção policial

Jacqueline Muniz*
 

Wilson Witzel, como um governador pode fingir não saber que ele é o comandante em chefe das polícias estaduais, responsável pelas finalidades e resultados da ação policial? Como um doutorando em ciência política** pode desconhecer que a capacidade coercitiva da polícia materializa as decisões do governante? Como um político pode omitir que a POLÍCIA É A (sua) POLÍTICA EM ARMAS? Como pode um político estudante de política performar como o exterminador do futuro ao bravejar seus ditos contra a bandidagem e atuar como soldadinho da toy story diante das graves consequências dos feitos policiais realizados sob seu comando? 

Que fique bastante claro. Compete ao governador autorizar determinados armamentos e alguns de seus modos de uso. E isto corresponde à sua proposta, implícita ou explícita, de segurança e direitos humanos que seguirá sempre aberta ao questionamento público. É o seu projeto de força para a polícia que comunica à sociedade os fins, meios e modos da sua política de segurança, sob a qual se é inevitavelmente responsável.

As mortes estão sim na sua conta, governador Wilson Witzel***. Esta fatura trágica é sua e não há como empurrar os corpos dos jovens mortos para longe do Palácio da Guanabara.  Eles permanecerão eternamente aqui na nossa memória e lá dentro de sua consciência, mantendo vivas a sua culpa moral, a sua indigência legal e a sua irresponsabilidade política. Estas juventudes interrompidas, somadas as muitas outras existências destruídas por suas palavras inconsequentes e de efeito letal, são muito mais que estatísticas frias. Elas formam o seu cordão de isolamento, a sua prisão sem grades que manterá sua vida pública sob cerco de tanta insegurança e letalidade produzidas.

*Jacqueline Muniz é professora do Departamento de Segurança Pública - Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (InEAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF).

**Wilson Witzel (PSC) realizou a qualificação de sua tese de doutorado em Ciência Política na UFF na última quinta-feira (5).

***Em declaração na última sexta-feira (16), o governador disse que a morte dos jovens estariam na conta dos defensores de direitos humanos.

Edição: Vivian Virissimo

Assista no nosso canal do Youtube: O antropólogo Lenin Pires e o sociólogo Michel Misse conversam com o coordenador do INCT INEAC, antropólogo Roberto Kant de Lima, sobre o relançamento do histórico livro ``A polícia da cidade do Rio de Janeiro: seus dilemas e paradoxos´´, um marco nas pesquisas sobre justiça criminal e segurança pública no Brasil.

 

Assista ao vídeo clicando aqui.

 

Imagem e edição Claudio Salles - Produção Bruna Alvarenga e Breno Patrizi - LEMI - LABORATÓRIO DE ESTUDOS MULTIMÍDIA DO INCT INEAC 

As antropólogas Ana Paula Mendes de Miranda e Roberta de Mello Corrêa, vinculadas ao INCT InAEC, estarão presentes no lançamento dos livros "Mapas de percepção de riscos", escrito em conjunto com a antropóloga e cientista política Jacqueline de Oliveira Muniz (UFF - INCT/INEAC) e "As crenças na igualdade", escrito por Ana Paula Miranda, Fabio Reis Mota e Lenin Pires, também pesquisadores do INCT InEAC. O lançamento acontece em Sergipe, no dia 09 de agosto de 2019, às 18h, no Memorial da Advocacia Sergipana (Sede da OAB/SE).

 

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