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Coordenador: Fábio Reis Mota
Doutores/as
Marc Breviglieri / Catarina Delaunay / Laurent Thévenot / Gabriel Nardacchione / Hully Guedes Falcäo / Yolanda Gafrée Ribeiro/ Daniela Velasquez Peláez / Gabriela Cuervo / José Manuel Resende / Bruno Dionísio / Pedro josé garcia sanchez / Martin Soares / Andre Constantino Yazbek .
Doutorandos/as
Alexandre Silva / Eduardo Parreira / Leonardo Brama / Thays dos Santos Nascimento
Graduaçäo
Rosa Maria Dias de Oliveira / Luana Lima Godinho / Pedro Henrique Souza de Andrade
Períodos:
1. Dezembro de 2016 a Janeiro de 2018
2. Janeiro a Dezembro de 2018
1. Relatório de Acompanhamento do Projeto
2. Relatório de Acompanhamento do Projeto – Plano de Trabalho
Descrição: De um ponto de vista de uma sociologia e antropologia de feição pragmática, as dicotomias postas entre as duas linhagens (funcionalista e processualista, por exemplo) devem ser posta de lado em prol de instrumento analíticos e metodológicos que privilegiem um entendimento da vida social enquanto lugar no qual múltiplas moralidades e gramáticas se conformam, se confrontam e se ajustam diante da capacidade crítica e criativa dos atores no percurso de suas ações e interações. Desse ponto de vista, ordem e conflito não são concebidos como pólos opostos, mas como variáveis que compõem uma variedade de ordens de grandeza postuladas pelos atores nas arquiteturas da vida em comum. A pluralidade e heterogeneidade dos mundos habitados pelos atores conformam distintas ordens, dados as grandezas das pessoas e das coisas, e modos diversos de constituição dos conflitos diante das moralidades e gramáticas que informam os momentos de disputas nos percursos das interações. Trata-se, nesse sentido, de conceder uma maior atenção para as finas e complexas operações engendradas pelos atores nos momentos pelos quais são exigidos a constituição temporária do acordo na situação das interações. Nesse sentido, esta abordagem reconhece a capacidade crítica exigidas aos agentes para se ajustarem à ação conveniente nos diferentes planos de ordens possíveis que a vida social contemporânea pode apresentar. Portanto, a essencialização do mundo, a partir da polarização entre ordem / conflito, por exemplo, é substituída por uma abordagem que concebe a pluralidade e heterogeneidade do fazer o comum diante das distintas gramáticas e moralidades que informam as grandezas das pessoas e das coisas. Nesses termos, esse subprojeto me nutre de uma perspectiva comparativa ? Brasil, França, Suíça, Argentina e Portugal ? que viabilize colocar em evidência as diferentes formas de conformação das arquiteturas da vida em comum, por um lado, mas também colocar sob perspectiva os instrumentos analíticos confeccionados nas tradições nacionais dos campos acadêmicos que compõem o subprojeto. Ou seja, a comparação além de se tornar um instrumento potente de estranhamento e familiarização das categorias e teorias nativas, tornar-se-á nesta proposta um dispositivo de contraste entre os conteúdos analíticos das teorias sociológicas e antropológicas transnacionais. A experiência da produção transnacional nos beneficiará quanto aos contrastes referentes às realidades sócio-culturais distintas, permitindo a confecção de modelos de políticas públicas inovadores assentados numa visão desnaturalizadora das realidades com as quais trabalharemos de um ponto de vista etnográfico e empírico, bem como irá permitir um melhor avanço do campo de conhecimento das ciências sociais a partir de uma postura epistemológica ?des-fronteirizada? e descentrada das tradições nacionais. Esse subprojeto, a partir da problemática da ordem e progresso, se organizará em 3 grandes eixos: as cidades e suas formas de habitar; os sentidos de justiça e os modos de administrar os conflitos; as mobilizações coletivas e demandas de reconhecimento das ?minorias?. Nossos campos empíricos diversos, escolas, sistema de justiça criminal, policia, movimentos sociais, as políticas de gentrificação das cidades, permitem a ampliação de um olhar multidimensional sobre a conformação do comum nas cidades contemporâneas dos países nos quais estaremos realizando as pesquisas. Assim, a partir de um olhar cruzado acerca de diferentes realidades nacionais, este subprojeto poderá conformar inovadoras tecnologias sociais para as políticas públicas relacionadas à justiça, segurança, etc. Do mesmo modo, pode cumprir um papel relevante para a inovação dos instrumentos teóricos metodológicos das Ciências Sociais com o olhar cruzado aqui proposto..
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Mestrado acadêmico: (3) Doutorado: (5).
Integrantes: Fabio Reis Mota - Coordenador / Marc Breviglieri - Integrante / Catarina Delaunay - Integrante / Laurent Thévenot - Integrante / Gabriel Nardaccione - Integrante / Jussara Freire - Integrante / José Manuel Resende - Integrante / Lucie Bonet - Integrante / andre constantino yazbek - Integrante / pedro jorge da costa caetano - Integrante / pedro josé garcia sanchez - Integrante.
Coordenador: Soraya Silveira Simões
Período: Dezembro de 2016 a Janeiro de 2018
Descrição: O projeto O reconhecimento do trabalho sexual no Brasil contemporâneo: aspectos legais, jurídicos e regulatórios da prostituição tem como objetivo contribuir para a reflexão sobre as ações e políticas destinadas à categoria dos chamados ?profissionais do sexo?, assim como acompanhar o desenvolvimento de leis e políticas públicas voltadas para esse público, produzindo também estudos e análises as mais variadas sobre a legislação nacional e internacional e pesquisa de campo de caráter etnográfico nas áreas de prostituição existentes na região metropolitana do Rio de Janeiro, em particular. Também estamos já produzindo um mapa dos conflitos envolvendo violações de direitos de homens e mulheres nos contextos da prostituição no Brasil. O presente projeto será desenvolvido no âmbito do projeto de extensão Observatório da Prostituição, da UFRJ, e conta com os seguintes parceiros: Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids-ABIA; Davida ? prostituição, direitos civis, saúde; e o Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro-APERJ. Para a elaboração desse projeto, a discussão com as instituições parceiras, cada uma envolvida com as questões da prostituição a partir de perspectivas distintas, consideramos, primeiramente, a seguinte problemática: se valores domésticos e religiosos vêm pautando acirradas disputas no Congresso Nacional e, em particular, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, isso retrata um momento em que uma série de demandas que vão de encontro a esses valores e princípios (refratários à crítica que se pressupõe parte constitutiva da vida democrática), são dificilmente legitimadas e transformadas em politicas publicas capazes de contemplar e representar as mais variadas agendas da população brasileira. Uma pesquisa realizada em 2012, pela Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids-ABIA, em parceria com a ong Davida, junto a 47 gestores, técnicos e parlamentares, apontou que todo o processo de reconhecimento da prostituição como uma ocupação, iniciado em 2002 (vide Classificação Brasileira de Ocupações, do Ministério do Trabalho), resume-se, hoje, em políticas para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. O estudo também apontou que as politicas relacionadas aos direitos das prostitutas estão, hoje, soterradas por linhas de ação relacionadas ao tráfico de pessoas e exploração sexual de crianças e adolescentes, e que tendem, portanto, a criminalizar, vitimizar e produzir - em vez de reduzir - a vulnerabilidade de prostitutas através da violação de seus direitos. Isso ilustra um eloquente quadro de retrocesso das politicas que vieram sendo intensamente debatidas e construídas ate meados dos anos 2000, e que tiveram eco, ao longo desse período, em dois projetos de lei (um, n.98/2003, proposto pelo então deputado Fernando Gabeira, e outro, de 2012, proposto pelo deputado Jean Wyllys)..
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Graduação: (5).
Integrantes: Soraya Silveira Simões - Coordenador / Diana Helène Ramos - Integrante / Ana Paula Silva - Integrante / Indianara Siqueira - Integrante / Debora Santana de Oliveira - Integrante / Laura Rebecca Murray - Integrante / Thaddeus Gregory Blanchette - Integrante / Elaine Cristina Bortolanza - Integrante / Joyce Oliveira Santos - Integrante.
Coordenador: Neiva Vieira da Cunha
Períodos:
1. Dezembro de 2016 a Janeiro de 2018
2. Janeiro a Dezembro de 2018
1. Relatório de Acompanhamento do Projeto
2. Relatório de Acompanhamento do Projeto – Plano de Trabalho
Linha de Pesquisa: Direitos, mercados e mobilizações coletivas.
Descrição: As periferias das grandes cidades tem sido palco de intensas transformações nas últimas décadas. A crescente complexidade desses territórios, onde novas formas identitárias e novas centralidades se afirmam no espaço público, faz com que os conflitos sociais não possam mais ser geridos por soluções monolíticas, uma vez que as causas e a dinâmica dos mesmos são contextualmente diferenciadas. Neste cenário de transformações, diferentes formas de conflito, acompanhadas de manifestações motivadas por sentimentos morais e marcadas pela violência, têm sido cada vez mais freqüentes. Diante disso, nos perguntamos sobre os mecanismos de explicitação, mediação e resolução de conflitos no espaço público metropolitano do Rio de Janeiro, chamando a atenção para os sentimentos morais em jogo nessas situações. A partir de distintos contextos etnográficos, pretende-se ainda colocar em discussão os processos da reconfiguração das práticas do Estado em suas margens e a legibilidade das políticas de gestão de territórios direcionadas às populações pobres e outros grupos sociais identificados como vulneráveis, possibilitando pensar como essas margens são produzidas pelo próprio Estado. Desta perspectiva, o presente projeto tem por objetivo evidenciar a importância dos sentimentos morais na compreensão dos novos conflitos e formas de mobilização coletiva em territórios periféricos da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Tais conflitos podem ser interpretados como expressão da indignação de atores sociais, que buscam chamar a atenção do poder público e serem reconhecidos como portadores de direitos. Através de pesquisa de campo de caráter etnográfico, tratar-se-a de considerar os valores expressos na vida cotidiana de seus moradores, buscando evidenciar a economia moral que suscita formas de mobilização coletiva, protestos e reivindicações no espaço público. Buscaremos analisar, portanto, maneiras de viver e se organizar coletivamente, de gerir sentimentos sociais e de aplicar categorias morais na resolução de conflitos no espaço público. Nos perguntamos ainda como situações de conflito envolvendo populações em situação de vulnerabilidade social provocam denúncias, mobilizações coletivas e reivindicações públicas dirigidas a instituições do Estado através da invocação das noções de igualdade e de direito? Como sentimentos de injustiça e indignação trazem à tona discursos de protesto e mobilizações no espaço público? Como conduzem à organização de coletivos que desenvolvem argumentos públicos e recorrem a instituições judiciárias para resolver litígios, obter reparações a danos morais e fazer reconhecer seus direitos? Como as dinâmicas da ação coletiva e os dispositivos de ação pública são abalados quando trata-se de fazer reconhecer demandas de reparação a danos sofridos ou ainda reclamar o respeito a direitos?.
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Mestrado acadêmico: (4) Doutorado: (1) .
Integrantes: Neiva Vieira da Cunha - Coordenador / Hélio Raymundo Santos Silva - Integrante / Mario Brum - Integrante.
Coordenador: Luís Roberto Cardoso de Oliveira
Período: Dezembro de 2016 a Janeiro de 2018
Linha de Pesquisa: Concepções e sentidos de “igualdade”, “cidadania” e “violência”.
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EQUIPE DE COMUNICAÇÃO DO INEAC
Jornalista Claudio Salles
Bolsista Bruna Alvarenga
ineacmidia@gmail.com