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Segunda, 23 Abril 2018 17:15

A volta dos que não foram #sqn

O site do INCT INEAC reproduz aqui o artigo do antropólogo Lenin Pires,  diretor do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos da UFF (InEAC/UFF), publicado Jornal O GLOBO, nessa segunda-feira, dia 23 de abril de 2018 . O artigo analisa a segurança da zona sul pós-UPP : https://oglobo.globo.com/rio/artigo-volta-dos-que-nao-foram-sqn-22618699

 

A volta dos que não foram #sqn

RIO - Tiros e mortes voltam a assombrar favelas na Zona Sul do Rio. Estão de volta os confrontos entre policiais e criminosos ou as disputas bélicas entre facções do tráfico varejista. Confirmam, assim, um padrão que se observa na região metropolitana do Rio nesse período pós-UPP. São crescentes os episódios em Pavão-Pavãozinho, Vidigal, Rocinha e, mais recentemente, na Babilônia e no Chapéu Mangueira. Noticiados por rádio e televisão, ou viralizados nas redes sociais, pode-se pensar que estamos de volta ao período anterior à UPP. Isso é um equivoco. Os tempos são outros e muito mais perigosos.

Que o digam os familiares dos mais de 50 mortos na Rocinha, nos últimos 6 meses. Entre o medo constante e o êxodo forçado, aprendem a adaptar-se a esses tempos pós-UPP. Como ocorre em localidades como Morro do Alemão ou Complexo do Lins. Uma UPP instalada nas imediações não exercita, necessariamente, proximidade com a comunidade. Não sem antes fazê-lo com o batalhão responsável pela circunscrição, conforme prescrição legal. Enfatizada, aliás, pelas autoridades da intervenção federal no Estado.

A variável da reconfiguração das UPPs compõe com outros elementos um mosaico que torna difícil conjecturar aonde podemos parar. Soma-se a ela, por exemplo, a ruptura entre as duas maiores facções criminosas no país. Esta embaralhou as cartas da criminalidade violenta no Rio. Não por acaso noticia-se uma dança das cadeiras entre lideranças dos grupos criminosos e redivisões territoriais a todo momento. Por outro lado, a crise política do Estado e do país também faz sua parte. O resultado é a já referida intervenção, frustrando expectativas dos que crêem nas boas intenções daqueles que planejam, um dia, disputar com o demônio o controle do inferno. Neste contexto, tem crescido ainda mais a influência das chamadas milícias, avançando da zona oeste em direção à zona norte. Por enquanto.

Resumindo: entre aqueles que querem "paz" no asfalto ou viver “tranquilos" nas favelas se erige um complexo mercado de bens e serviços. Nele se negocia de tudo. Principalmente, vidas e liberdades. A incrementar essas trocas estão de volta os traficantes, só que não os mesmos. Foram-se os “crias”, restam cada vez mais estranhos tentando se impor nas comunidades. Também estão as polícias, praticando outras lógicas de policiamento de proximidade. Os políticos, é claro, estão também de volta. Inclusive os que prometem acabar com a violência em seis meses. Mas a política, no fundo, está cada vez mais territorializada e recorrendo a expedientes violentos. Os tempos não são de democratização, mas de excessão. Há, no asfalto, quem tenha medo. Na favela, a maioria tem certeza.

Lenin Pires é antropólogo e diretor do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos da UFF (InEAC/UFF).

 

CICLO DE DEBATES SOBRE ÉTICA EM PESQUISA EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DO CFCH

O objetivo deste Ciclo de Debates do CEP-CFCH/UFRJ é dar continuidade ao intercâmbio entre professores, pesquisadores, alunos e servidores envolvidos com pesquisa em Ciências Humanas e Sociais (CHS) e com a implantação e/ou consolidação de Comitês de Ética em Pesquisa em CHS.

02 DE MAIO DE 2018
Manhã: 9:00 h – 12:30 h

PAPEL E LIMITES DE ATUAÇÃO DOS CEPs DAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

1 – Luiz Fernando Dias Duarte – Antropólogo, Prof. Museu Nacional/UFRJ
2 – Fabio Reis Mota – Antropólogo, Prof. PPGA/UFF
3 – Fernanda Duarte – Juíza Federal, Prof. Faculdade de Direito/UFF e PPGD/UNESA

Tarde: 13:30 h – 18:00 h

Grupos de trabalho: 13:30 h – 15:00 h
Mediador/a: Sônia Leitão, Hully Falcão e Gabriela Cuervo
Intervalo: 15:00 h – 15:20 h
Plenária – apresentação dos relatórios: 15:20 h – 18:00 h

04 DE JULHO DE 2018
Manhã: 9:00 h – 12:30 h

APROFUNDANDO ELEMENTOS DA AVALIAÇÃO DOS PROJETOS DE PESQUISA

1 – Luiz Fernando Dias Duarte - Antropólogo, Prof. Museu Nacional/UFRJ
2 – Lucía Eilbaum – Antropóloga, Profa. PPGA/UFF
3 – Andrea Moraes Alves – Antropóloga, Profa. Escola de Serviço Social/UFRJ

Tarde: 13:30 h – 18:00 h

Grupos de trabalho: 13:30 h – 15:00 h
Mediador/a: Sônia Leitão, Hully Falcão e Gabriela Cuervo
Intervalo: 15:00 h – 15:20 h
Plenária – apresentação dos relatórios: 15:20 h – 18:00 h

26 DE SETEMBRO DE 2018
Manhã: 9:00 h – 12:30 h

O RCLE E A QUESTÃO DOS PARTICIPANTES DA PESQUISA

1 – Danilo Riberio de Oliveira – Farmacêutico, Prof. Faculdade de Farmácia/UFRJ
2 – Alexandre da Silva Costa – Filósofo, Prof. do Núcleo de Bioética/UFRJ
3 – Fatima Grave – Assistente Social, Profa. ESS/UFRJ
Tarde: 13:30 h – 18:00 h

Grupos de trabalho: 13:30 h – 15:00 h
Mediador/a: Sônia Leitão, Hully Falcão e Gabriela Cuervo
Intervalo: 15:00 h – 15:20 h
Plenária – apresentação dos relatórios: 15:20 h – 18:00 h


SEMINÁRIO ÉTICA EM PESQUISA NAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

28 DE NOVEMBRO DE 2018
Manhã: 9:00 h – 12:30 h

1 – Roberto Kant de Lima – Antropólogo, Coordenador do INCT-InEAC-NEPEAC/UFF
2 – Michel Misse – Sociólogo, Prof. PPGSA/UFRJ, coordenador do NECVU
3 – Luiz Fernando Dias Duarte – Antropólogo, Prof. Museu Nacional/UFRJ

Tarde: 13:30 h – 18:00 h

1 – Joana Vargas – Socióloga, Profa. NEPP-DH/UFRJ
2 – Martinho Silva – Antropólogo, Prof. Instituto de Medicina Social/UERJ
3 – Marília Lopes da Costa Facó Soares – Linguista etnológica, Profa. Museu Nacional/UFRJ

Coordenação Geral: Comitê de Ética em Pesquisa – CFCH/UFRJ

Comissão Organizadora:

Profa. Kátia Sento Sé Mello – Antropóloga, ESS/UFRJ
Prof. Luiz Fernando Dias Duarte – Antropólogo, MN/UFRJ
Profa. Mônica Pereira dos Santos – Psicóloga, FE/UFRJ
Profa. Raquel Hemerly Tardin Coelho – Arquiteta, FAU/UFRJ
Profa. Sonia Maria Ramos de Vasconcelos – Letras, IBqM/UFRJ

Colaboradores Externos:

Prof. Fábio Reis Mota – Antropólogo, ICHF/UFF
Profa. Fernanda Duarte Lopes Lucas da Silva – Juíza Federal, FD/UFF

Apoio Técnico:

Alice Farias – graduanda Serviço Social – ESS/UFRJ
Gabriela Cuervo – doutoranda Antropologia – PPGA/UFF
Hully Falcão - doutoranda Antropologia – PPGA/UFF
Lohrayne Couto – graduanda Serviço Social – ESS/UFRJ
Marcelo Vieira da Cruz – Secretário Comitê de Ética em Pesquisa – CFCH/UFRJ
Sônia Leitão – doutoranda PPGSS-ESS/UFRJ
Yago Ledo – graduando Serviço Social – ESS/UFRJ

Organização:

Comitê de Ética em Pesquisa do CFCH/UFRJ
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social – Museu Nacional/UFRJ
Grupo de Pesquisa Sociabilidades Urbanas, Espaço Público e Mediação de Conflitos – GPSEM-ESS/UFRJ
Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM)/UFRJ
Câmara Técnica de Ética em Pesquisa (CTEP)/UFRJ
Programa de Pós-Graduação em Antropologia/UFF

LOCAL: Auditório Manoel Maurício de Albuquerque
UFRJ Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Faculdade
Avenida Pasteur (Fundos), 250
(21) 3938-5159

Confira as fotos da participação dos pesquisadores do INCT INEAC  no I Seminário Doutrinas, Praticas e Saberes Locais, que acontece entre 19 e 24 de abril de 2018 , em Aracaju - SE .  Representando o INEAC no evento estiveram  o coordenador do INCT Roberto Kant de Lima e as também antropólogas Ana Paula Mendes de Miranda e Roberta Correa. Confira as fotos

 

 O Ministério Público do Rio de Janeiro realiza dentro do ciclo de palestras  "MUDARIO: Um outro Olhar, Uma Nova Direção", o debate sobre o tema da Segurança Pública e que contará com a participação da antropóloga Ana Paula Mendes de Miranda (INCT-InEAC) no Painel 1: (10h/11h) "Desafios na reestruturação das forças de segurança para um combate mais efetivo à criminalidade". Ela comporá a mesa com o General Augusto Heleno Ribeiro.

A atividade acontece no próximo dia 4 de maio de 2018, entre 09:30 até 15:30h, no auditório sede do MPRJ , que fica na Av. Marechal Câmara, nº 370, 9º andar - auditório do edifício-sede do MPRJ, as Inscrições vão até o dia 04/05/2018, com disponibilidade de 300 Vagas.

Confira a programação :

PROGRAMAÇÃO

9H30 Abertura

Painel 1: (10h/11h) "Desafios na reestruturação das forças de segurança para um combate mais efetivo à criminalidade"

Palestrantes: General Augusto Heleno Ribeiro e Ana Paula Mendes de Miranda (UFF)

Painel 2 (11h/12h): "Programa de proteção a testemunhas como instrumento de combate ao crime organizado e política de segurança pública"

Palestrantes: Rivaldo Barbosa (PCERJ) e Fábio Amado (DPERJ)

Painel 3 (14h/15h): "Colapso do sistema penitenciário: mitos, verdades e alternativas"

Palestrantes: David Anthony (SEAP) e Bruno Amorin Carpes (MPRS)

Mediadora: Promotora de Justiça Somaine Patrícia Cerruti Lisboa (Coordenadora CAO Criminal)

 

VAGAS LIMITADAS

Informações adicionais pelo telefone (21) 2550-9060.

O INEAC estará presente no  I Seminário Doutrinas, Praticas e Saberes Locais, que acontece entre 19 e 24 de abril de 2018 , em Aracaju - SE . Do INEAC estão presentes no evento o coordenador do INCT  Roberto Kant de Lima e as também antropólogas Ana Paula Mendes de Miranda e Roberta Correa. Confira no anexo a programação do evento.

Reconhecimento do curso de bacharelado em Segurança Pública e Social.

 

O Curso de Bacharelado em Segurança Pública e Social da Universidade Federal Fluminense foi avaliado pelo MEC como excelente, obtendo a nota máxima no ranking dos cursos de graduação. Pesou a favor do curso a flagrante articulação entre ensino, pesquisa e extensão, na busca por modernizar as abordagens sobre a temática de segurança pública no país. Os avaliadores também destacaram a sinergia absoluta entre professores e estudantes, desdobrando em um ambiente de cooperação favorável a socialização acadêmica, destacou também que o curso “atende as demandas sociais e econômicas sobre a segurança pública, porquanto a formulação adequada de políticas públicas nesta seara pode propiciar mais eficiência tanto em termos de resultados quanto de alocação de recursos econômicos”. Assim como referiu importância ao decisivo apoio da universidade, garantindo o acesso dos alunos à bibliotecas variadas, inclusive temáticas, laboratórios de informática em vários campi de Niterói e salas de aula adequadas. Essas últimas, inclusive, são cedidas pelo Instituto Biomédico, que firmou parceria com o Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos, responsável pelo curso.

A comissão compreendeu a importância do curso de Bacharelado em Segurança Pública e Social que, sendo um produto do INCT-InEAC, coordenado pelo professor Roberto Kant,  devolve para a sociedade o resultado dos investimentos na produção de conhecimento e material humano qualificado para lidar com a temática da segurança Pública, questão tão sensível ao povo brasileiro. Neste caminho formam inúmeras as dificuldades tanto no âmbito acadêmico como diante de outras instituições públicas estatais. No entanto, os esforços foram maiores que as adversidades e o apoio de inúmeros alunos, professores e demais pesquisadores foi fundamental para a consolidação desse projeto.

Importante destacar, ainda, que a comissão avaliadora que atribuiu nota 5 ( máxima) ao curso de segurança pública e social foi composta por professores oriundos da área do Direito. Há quase dois anos a Faculdade de Direito da UFF impôs um processo administrativo de desligamento do curso daquela unidade. Na época o argumento alegado foi o de não haver “sinergia” entre direito e segurança pública. Essa visão conservadora e estreita obrigou a Reitoria da UFF a propor a criação de um instituto para abrigar os 13 professores responsáveis pelo curso. O que foi aprovado em janeiro do ano passado pelo Conselho Universitário da instituição.

O Bacharelado em Segurança Pública foi o primeiro a ser proposto por uma Universidade Federal no país, iniciando seu funcionamento em 2012. Já formou cerca de 150 profissionais e atualmente conta com mais de 470 matrículas ativas. Os egressos têm encontrado espaços num mercado em expansão que envolve secretarias municipais, órgãos estaduais e mesmo empresas privadas de todo país. A cada semestre 60 novas matrículas são oferecidas e a procura pelo mesmo, por parte daqueles que prestam exames pelo SISU tem crescido a cada ano.

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